O meu filme estrangeiro favorito de todos os tempos é “Cidade de Deus”, do diretor Fernando Meirelles e do roteirista Bráulio Mantovani. O filme é uma adaptação do livro homônimo de Paulo Lins que retrata a vida nas favelas do Rio de Janeiro. Lançado em 2002, “Cidade de Deus” rapidamente se tornou um dos filmes mais aclamados do cinema brasileiro e internacional.

O que mais me atrai neste filme é a honestidade brutal com que ele retrata a vida na favela. Não há romantização da violência ou glamourização do crime. O filme é cru e real, mostrando a violência como ela é, sem censura ou preconceito. Além disso, o elenco de “Cidade de Deus” é formado por atores não profissionais, muitos deles moradores da favela onde o filme foi rodado.

Outro aspecto que torna “Cidade de Deus” tão especial é a sua narrativa não linear. O filme é dividido em capítulos que se entrelaçam, revelando diferentes perspectivas dos personagens e da história que estão sendo contadas. Essa escolha de estrutura narrativa dá ao filme profundidade e complexidade, mostrando que a realidade da favela não é preto e branco.

Além disso, a trilha sonora do filme é espetacular. Com a música “É o Tchan” ao fundo da cena de abertura, o filme estabelece o tom de humor irônico que permeia o filme inteiro. Ao mesmo tempo, a música original de Antonio Pinto dá ao filme uma sensação de tensão e urgência, acompanhando o ritmo acelerado da vida na favela.

Em resumo, “Cidade de Deus” é um filme que me tocou profundamente. É uma ode à força e resiliência daqueles que vivem nas margens da sociedade, mostrando a complexidade e a beleza da vida na favela. Mais do que um filme, “Cidade de Deus” é uma verdadeira obra de arte que transcende fronteiras culturais e emociona pessoas em todo o mundo.